quinta-feira, 30 de abril de 2015

Contas publicas

No resultado de março, a arrecadação chegou a 94,11 bilhões de reais, o que representa uma alta real (descontada a inflação) de 0,48% na comparação com o mesmo mês de 2014. Com relação a fevereiro, o resultado traz um aumento de 2,94% na arrecadação.O resultado de março foi impulsionado principalmente pelo aumento de mais de 120% na arrecadação referente ao ajuste anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, que neste ano foi concentrada no terceiro mês do ano.
Por outro lado, a economia fraca segue afetando o recolhimento de outros impostos e contribuições, com retração real no Imposto de Renda da Pessoa Física (-10,27%), Contribuição Previdenciária (-2,3%), IPI Total (-5,6%), Cofins (-7,0%), PIS/Pasep (-5,58%) e Cide-Combustível (-26,64%).  Os dados foram divulgados segunda-feira, 27/04/2015, pela Receita Federal.
A projeção da consultoria Tendências para a arrecadação federal de impostos e contribuições em 2015 é de 1,24 trilhão de reais, o que representa um queda real de 3,2% na comparação com 2014.

O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC), computou um superávit primário de 4,485 bilhões de reais no primeiro trimestre. Apesar de positivo, o montante representa uma baixa de 65,8% em relação ao esforço fiscal do primeiro trimestre do ano passado, que chegou a acumular 13,1 bilhões de reais. Trata-se do pior resultado desde 1998, quando registrou superávit de 3,173 bilhões de reais. Os dados foram divulgados quarta-feira, 29/04/2015, pelo Tesouro Nacional.
Em março, o superávit foi de 1,463 bilhão de real, o pior desempenho para esse mês desde 2013. Em março do ano passado, o superávit foi de 3,2 bilhões de reais. As contas do Tesouro registraram um superávit de 8,02 bilhões de reais. As contas do INSS tiveram um déficit de 6,52 bilhões de reais e as do Banco Central, um saldo negativo de 42,9 milhões de reais.
No Tesouro, as receitas tiveram um crescimento de 2,9%, e as despesas subiram 6,8% nos três primeiros meses do ano.
A queda nas receitas, decorrente não apenas da menor arrecadação de impostos, como também da menor entrada de recursos provenientes de concessões, que foram de apenas 436 milhões de reais no primeiro trimestre, uma baixa de quase 50% na comparação com o mesmo período do ano passado. As estatais também repassaram menos dividendos à União. O governo recebeu 1,89 bilhão de reais de janeiro a março, ante 6,39 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano passado. No lado das despesas, houve o pagamento de 1,28 bilhão de reais para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). No mesmo intervalo do ano passado, esse valor foi de 3,01 bilhões. A CDE é usada pelo governo para capitalizar as distribuidoras de energia que se encontram em dificuldades devido às mudanças regulatórias no setor. Mas o ministro Joaquim Levy já antecipou que o Tesouro deixará de efetuar repasses este ano.
Como reflexo dos ajustes fiscais, os investimentos totais do governo federal despencaram 31,3% no primeiro trimestre, somando 5,336 bilhões de reais. As despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) registraram queda de 37,3% no primeiro trimestre, chegando a 10,587 bilhões de reais. Só em março, os investimentos totais computaram queda de 32,2%. E os aportes transferidos pelo PAC caíram 32,5%.
No acumulado de doze meses, o governo central apresentou um déficit de 27,3 bilhões de reais, ou 0,49% do PIB. A equipe econômica do governo liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, definiu uma meta de superávit primário para o setor público de 1,2% do PIB para 2015 e de 2% do PIB para 2016. O esforço de 1,2% corresponde a uma economia de 66,3 bilhões de reais. Desse valor, 55,3 bilhões ficariam a encargo do governo federal e 11 bilhões, dos governos estaduais e municipais. Desta forma, o superávit de 4,48 bilhões de reais verificado no primeiro trimestre representa apenas 8% da meta estabelecida pelo governo para este ano.

O setor público consolidado apresentou um superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 19 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano, o equivalente a 1,37% do PIB. Trata-se do pior resultado desde 2009, quando houve superávit de 18,77 bilhões de reais. Segundo dados do Banco Central (BC), divulgados quinta-feira, 30/04/2015, em igual período de 2014, o resultado ficou positivo em 25,63 bilhões de reais. As contas do setor público reúnem Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras.
O resultado fiscal do período foi influenciado pelo superávit de 4,88 bilhões de reais do Governo Central (0,35% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de 14,59 bilhões de reais (1,06% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de 12,23 bilhões de reais, os municípios alcançaram um saldo positivo de 2,36 bilhões de reais. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de 481 milhões de reais no período.
Em março, o resultado primário do setor público somou 239 milhões de reais, o pior número para o mês desde 2010 - quando foi registrado um déficit de 158 milhões de reais. O resultado de março ficou abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de um superávit primário de 1,90 bilhão de reais a 5,80 bilhões de reais, com mediana positiva de 3 bilhões de reais.
Em fevereiro, as contas públicas registraram déficit primário de 2,30 bilhões de reais, o pior resultado desde 2013. Já em março de 2014, houve superávit de 3,58 bilhões de reais. No acumulado de 12 meses até março, o déficit primário do setor público ficou em 0,70% do PIB. Segundo o BC, a dívida pública líquida representou 33,1% do PIB em março.
O esforço fiscal do mês passado foi composto por um superávit de 1,483 bilhão de reais do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com déficit de 1,14 bilhão de reais no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de 1,63 bilhão de reais, os municípios tiveram superávit de 487 milhões de reais. Já as empresas estatais registraram déficit primário de 97 milhões de reais.


Arrecadação federal cai 2,03% no 1º tri, para R$ 309,37 bi
Em março, porém, resultado é 0,48%% maior sobre o mesmo mês de 2014, ao somar R$ 94,11 bilhões, segundo dados da Receita Federal
27/04/2015 às 15:05
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/arrecadacao-federal-cai-203-no-1-tri-para-r-30927-bi

Contas do governo têm o pior resultado no 1º trimestre em 17 anos
Cálculo que reúne contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central registrou queda de 65,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado
29/04/2015 às 09:34
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/governo-central-tem-superavit-658-menor-em-um-ano-de-r-448-bi

Setor público tem o pior primeiro trimestre desde 2009
Economia para o pagamento de juros da dívida pública ficou em R$ 19 bilhões, o menor número em seis anos, segundo dados do BC
30/04/2015 às 12:16
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/setor-publico-tem-o-pior-primeiro-trimestre-desde-2009

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